novembro 27, 2004

novembro 26, 2004

Vulcanismo (aula de pesquisa...)

(Aula de pesquisa na Internet)

Meninos: Na aula de hoje, depois de ralizada a tarefa proposta na webquest, devem ter comprendido melhor a relação entre as caraterísticas do magma e o tipo de erupção vulcânica. De qualquer modo, apresento a seguir uma pequena síntese das principais conclusões da nossa aula.

Podemos dizer que um vulcão está em actividade quando são emitidos materiais no estado de fusão ígnea, a lava, pela libertação de gases e muitas vezes pela expulsão de materiais sólidos de dimensões variáveis. Ocorrem outras erupções em que a lava é pulverizada devido a grandes explosões, sendo então expulsa sob a forma de pequenos fragmentos incandescentes.
Quando se dá um aumento de pressão na câmara magmática, o magma é obrigado a subir através das fendas existentes na crosta. Na maior parte dos casos, nos vulcões activos, forma-se uma chaminé central, cilíndrica, mas por vezes há outras emissões feitas através de aberturas nos flancos do cone vulcânico. A lava resulta do magma e entra então em contacto directo com o ar ou com a água, consoante sejam erupções subaéreas ou subaquáticas.


Quando uma subida de magma muito viscoso, originário de magmas ácidos, ricos em sílica, é acompanhada de uma explosão brutal dos gases, dá-se a erupção explosiva. É acompanhada por grandes explosões com a emissão de piroclastos e formação de nuvens de cinzas (poeiras e gases incandescentes). O magma despedaça-se. As lavas, como são muito viscosas, não formam escoadas e solidificam na cratera, formando as agulhas e os domos ou cúpulas. As primeiras são acumulações de lava com formas alongadas e pontiagudas que consolidaram no interior da chaminé e as segundas são acumulações de lava consolidada na cratera, com formas arredondadas. Os domos lávicos ou agulhas de lava chegam a atingir muitos metros de altura (300 m de altura na montanha Pelada, em 1902).



Os magmas básicos, menos ricos de sílica, como os magmas basálticos, são os mais fluidos. Os gases dissolvidos que eles contêm escapam-se facilmente e o magma derrama-se, acontecendo a erupção efusiva, em correntes com alguma velocidade e podendo percorrer centenas de quilómetros, pois a lava está a altas temperaturas, está bastante fluida. Se for emitida lentamente, forma escoadas. Pode também formar correntes de lava ou mantos de lava se, o terreno for, respectivamente inclinado ou plano.



A erupção mista dá-se quando, durante a erupção, ocorrem períodos explosivos e efusivos, isto é com explosões violentas e libertação de piroclastos e gases e com alguma calma e formação de escoadas.


As erupções vulcânicas são, em regra, precedidas por abalos de terra, os quais resultam provavelmente da fracturação do tecto da câmara magmática em consequência dos movimentos ascensionais do magma.


Relacionado com as erupções, notam-se frequentemente variações locais no campo magnético terrestre e fenómenos meteorológicos especiais, tais como um aumento de pluviosidade (por condensação do vapor de água em torno dos grãos de poeira) e formação de nuvens carregadas de electricidade.


Com o tempo as erupções cessam. Se cessarem definitivamente, os cientistas consideram os vulcões extintos. Mas alguns vulcões estão apenas adormecidos, podendo permanecer inactivos durante centenas de anos, e entrar em erupção com súbita violência.



Em conclusão...

As erupções vulcânicas variam de acordo com o tipo de magma, sua temperatura e composição química.
Com base nestas características, podemos afirmar que existem pelo menos dois tipos de erupções:


- explosivas, nas quais as lavas são muito viscosas, com origem em magmas ácidos (ricos em sílica).Como são muito viscosas, estas lavas não formam escoadas e solidificam na cratera, formando as agulhas (acumulações de lava com formas alongadas e pontiagudas que consolidaram no interior da chaminé) e os domos ou cúpulas (acumulações de lava consolidaram na cratera, com formas arredondadas) são erupções muito violentas, devido à acumulação de gases, acompanhadas por grandes explosões, com a emissão de piroclastos e formação de nuvens de cinzas (poeiras e gases incandescentes).


- efusivas, nas quais as lavas são fluídas, sendo a sua emissão lenta, com a formação de escoadas. Estas podem percorrer centenas de quilómetros com uma velocidade reduzida. Os magmas que originam estas lavas são básicos (pobres em sílica).


novembro 20, 2004

Finalmente o Protocolo de Quioto…

O Protocolo de Quioto para o combate às alterações climáticas vai entrar legalmente em actividade a partir de 16 de Fevereiro de 2005, a data já definida pelas nações Unidas.





A Rússia já entregou oficialmente os papéis da ratificação do Protocolo de Quioto ao Secretário-Geral das Nações Unidas, Kofi Annan. Com a associação da Rússia, fica garantido o mínimo de emissores de poluentes responsáveis pelo efeito de estufa, 55% das emissões no planeta, necessário para a entrada em vigor do Protocolo.
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O tratado teria de ser ratificado por, pelo menos, 55 países industrializados representando 55 por cento das emissões de dióxido de carbono (CO2). Os países em desenvolvimento que ratificaram o documento apenas estão obrigados a fazer inventários das suas emissões.
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No entanto o Protocolo arrancará sem a participação do país com mais emissões de gases de estufa, os EUA, porque a administração Bush considerou que a adesão prejudicaria gravemente a economia nacional e porque o Protocolo não obriga países que ainda estão em desenvolvimento, como a Índia e a China, a realizar imediatamente cortes nas emissões. A Austrália é outra potência poluente, especialmente através da sua grande indústria de carvão, que também fica de fora.

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Uma questão para reflexão:

Passaram sete anos desde que o protocolo de Quioto foi assinado em Dezembro de 1997. Só agora vai entrar em vigor… é muito tempo de espera! Porque razão foi tão difícil a concretização do acordo? Que consequências da não participação dos EUA? São válidas as razões dos EUA para a não ratificação do acordo?


Consulta o documento relativo ao
protocolo de Quioto

novembro 18, 2004

TPC - alunos


Meninos:

consultem o site "poluição atmosférica", poderá ter interesse para o trabalho que estão a fazer no âmbito da webquest: "Queremos ar para respirar".

...e, entretanto, reflitam sobre a seguinte ideia:

“ Hoje em dia, o ser humano tem três grandes problemas que foram ironicamente provocados por ele próprio: a super povoação, o desaparecimento dos recursos naturais e a destruição do meio ambiente. Triunfar sobre estes problemas, visto sermos nós a sua causa, deveria ser a nossa mais profunda motivação.”
Jacques Yves Cousteau (1910-1997)

A energia das ondas...

Apesar de não existir ainda experiência industrial significativa nesta área, há quatro tecnologias distintas de extracção de energia das ondas com protótipos a serem (ou em vias de serem) testados no mar: a Coluna da Água Oscilante (CAO) Pelamis, o Wave Dragon e o Archimedes Wave Swing (AWS).



A Central de Coluna de Água Oscilante é o sistema mais investigado, tendo sido construídas várias centrais a nível mundial. Tipicamente a CAO é um sistema costeiro (embora também possa ser instalado ao largo) que é particularmente adequado para a integração em estruturas de protecção costeira.
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Presentemente existem duas centrais piloto deste tipo, uma na Escócia, a Central Limpet, e a Central do Pico nos Açores. Os restantes dispositivos são sistemas afastados da costa, completamente submersos ou semi-submersos.
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Existem outras tecnologias em desenvolvimento, mas numa fase menos avançada. Podemos apontar para um período de dois a três anos como o tempo necessário para obtermos mais informação quanto à avaliação da viabilidade tecnológica e económica destas tecnologias em resultado directo dos ensaios no mar dos protótipos mencionados.

novembro 16, 2004

O ecossistema árctico...

Além dos ursos-polares e das raposas-do-árctico, duas espécies ameaçadas, muitas outras espécies como a coruja-das-neves, a lebre-do-árctico, o bufo-nival, a foca e a morsa vivem sobre o gelo árctico. O gelo do árctico não só sustenta uma grande variedade de formas de vida como também abriga algas que têm uma grande importância para o ecossistema já que são a base das cadeias alimentares daquela região. Assim, a diminuição da camada de gelo é extremamente preocupante sob a perspectiva da conservação de inúmeras espécies que dependem do ecossistema Árctico.


Ainda é prematuro apontar as causas exactas da diminuição da espessura do gelo no Árctico. Uma possibilidade é a estação de degelo estar a crescer, mas saber se a origem deste fenómeno se deve ao aquecimento global provocado pelo Homem ou se, pelo contrário, se trata de uma oscilação climática natural, é uma questão ainda por responder e sobre a qual é fundamental pesquisar. A única certeza é que esta vasta área se está a alterar rapidamente, afectando inúmeras formas de vida que dependem deste ecossistema para sobreviverem e modificando o clima a nível global, com prejuízo para todos os ecossistemas existentes na Terra.


Os ursos-polares e as raposas-do-árctico poderão desaparecer completamente até ao fim do século. Terão poucas hipóteses de sobreviver se o gelo estival se reduzir drasticamente".


Que fazer para evitar esta extinção anunciada?
Investiga! Leva propostas para a aula.

novembro 12, 2004

Árctico pode derreter em 100 anos

Actualmente, a área coberta por gelo pode ser monitorizada por satélites. Infelizmente, a espessura do gelo é mais difícil de medir, sendo o único processo para o fazer, o recurso a sondas de submarinos que se coloquem sob o gelo. Submarinos dos Estados Unidos conduziram uma extensa experiência denominada de Scientific Ice Expeditions (SCICEX), na qual se descobriu que, na zona mais profunda do Oceano Árctico, a espessura média do gelo diminuiu de 3 metros em 1958-76 para apenas 1,8 metros em 1993-1997. Noutras áreas, o gelo foi diminuindo progressivamente a uma taxa de cerca de 10 centímetros por ano.


Ainda é prematuro apontar as causas exactas da diminuição da espessura do gelo no Árctico. Uma possibilidade é a estação de degelo estar a crescer, mas saber se a origem deste fenómeno se deve ao aquecimento global provocado pelo Homem ou se, pelo contrário, se trata de uma oscilação climática natural, é uma questão ainda por responder e sobre a qual é fundamental pesquisar. A única certeza é que esta vasta área se está a alterar rapidamente, afectando inúmeras formas de vida que dependem deste ecossistema para sobreviverem e modificando o clima a nível global, com prejuízo para todos os ecossistemas existentes na Terra.
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Consulta o site da Naturlink

novembro 11, 2004

Alterações do clima no Árctico

Caros alunos, aqui fica mais um texto para reflexão. Abordaremos esta questão numa das próximas aulas.

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Árctico. Aquecimento global vai causar degelo, extinguir espécies e também culturas e modos de vida indígenas...

O aquecimento global está a produzir no Árctico um aumento da temperatura mais rápido do que se esperava: o seu ritmo é duas vezes superior ao do resto do planeta. As regiões mais a norte do Canadá e da Rússia já vivem com valores 4 graus Celsius acima dos que tinham há 50 anos, e dentro de 100 anos quase não haverá gelo naquela região durante o Verão, já que a temperatura ainda vai subir entre 4 a 9 graus neste século.

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A previsão, com todos os impactos negativos nas espécies e na vida das polulações locais (cerca de quatro milhões de pessoas) resultam do maior estudo climático alguma vez feito para a região do Árctico (ACIA-Arctic Climate Impact Assessment), que nos últimos quatro anos envolveu a colaboração de 300 cientistas, e cujos resultados foram ontem divulgados (8/11/04). «O impacto do aquecimento global já está a afectar as populações do Árctico neste momento», garantiu Robert Corell, um dos responsáveis pelo estudo.
De acordo com os dados do ACIA, o desaparecimento quase total do gelo oceânico do Árctico, durante o Verão, nos próximos 100 anos, dará lugar ao desaparecimento de várias espécies, entre as quais o urso polar. Mas não ficam por aí os efeitos negativos. O aumento da temperatura do mar na região terá um impacto importante nos recursos pesqueiros e na circulação oceânica global, e o próprio nível do mar vai subir cerca de dez centímetros, submergindo algumas regiões litorais e obrigando ao deslocamento de populações.
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Consulta a notícia no Diário de Notícias
Diário de Notícias, 9/11/04

novembro 08, 2004

Pensar globalmente, agir localmente...


A propósito dos problemas ambientais, muitos especialistas (embora haja quem discorde) acreditam que "pensar globalmente e agir localmente..." será a solução para muitos males...

Será esta a melhor forma de encarar o problema actual da intervenção do Homem (por vezes bastante negativa) nos diferentes subsistemas terrestres (geosfera, atmosfera, hidrosfera, Biosfera)?

Quem deve pensar? Quem deve agir? E pensar localmente, não ajudará? E agir globalmente, não será nos tempos que correm uma via necessária? Veja-se o que aconteceu depois de assinado o "Protocolo de Quioto".

A razão de ser deste blog...

Com este blog pretendo proporcionar aos meus alunos de Biologia e Geologia do 10º Ano, da escola Secundária Póvoa de Lanhoso, um espaço de partilha e de aprendizagem em torno das diversas temáticas que constituem o programa da disciplina.
Um dos objectivos deste espaço é dar continuidade à abordagem de algumas temáticas tratadas na sala de aula e/ou constituir o ponto de partida para novas abordagens com os alunos.
Aberto a todos os interessados, aqui deixo o convite para participarem.