dezembro 13, 2004

Sismo de 1755 (aula de pesquisa...)

Depois da nossa aula na Internet sobre o sismo de 1755 que se abateu sobre Lisboa, concluímos que:
Este sismo é considerado por vários autores o maior sismo de sempre (é-lhe atribuída uma magnitude próxima de 9).

O local do seu epicentro continua incerto: inicialmente apontava-se para uma zona junto ao Banco de Gorringe, estrutura situada a SW do território, a cerca de 200 km de Lisboa, mas actualmente já se coloca o epicentro mais junto à costa, na Falha Marquês de Pombal.


Os efeitos do sismo fizeram-se sentir em Marrocos com grande intensidade e em muitos outros locais mais longe: na Europa do norte (Finlândia, Escócia, Irlanda, Bélgica, Holanda), no norte de Itália, na Catalunha, no sul de França, na Suiça, nos Açores, na Madeira, nas costas do Brasil e até nas Antilhas.

Quando o sismo se deu, a cidade de Lisboa não estava preparada para o abalo. O número total de vítimas deste sismo cifra-se entre as 40000 e as 80000 pessoas. Só em Lisboa, pensa-se que dos 200000 habitantes da época, 20000 terão morrido. Das 20000 casas existentes, apenas 3000 podiam ser usadas a seguir ao sismo. Totalmente destruídos ou severamente danificados contam-se 32 igrejas, 60 capelas, 31 mosteiros, 15 conventos e 53 palácios.

Portugal, no contexto da tectónica de placas, situa-se na placa Euro-Asiática, limitada a sul pela falha Açores-Gibraltar (FAG) que corresponde à fronteira entre as placas euro-asiática e africana e a oeste pela falha dorsal do oceano Atlântico. Assim, devido ao seu enquadramento, o território de Portugal Continental tem sofrido, ao longo do tempo, as consequências de sismos de magnitude moderada a forte, que resultaram muitas vezes em danos importantes em várias cidades e vilas do país, como o comprovam os diversos relatos históricos (http://www.spes-sismica.org/pSismHist.htm).

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